terça-feira, 27 de abril de 2010

Megadeth

Acabei de voltar do show do Megadeth.
Sujo, meio coxo e meio surdo, porém extremamente satisfeito com a performance de uma das maiores e mais influentes bandas de thrash metal.
Eu e um amigo fomos pra fila as três da tarde e lá ficamos até mais ou menos umas nove ou dez horas, tomando chuva e passando frio, quando finalmente resolveram abrir os portões. Logo na entrada o ingresso não passava em uma maquininha do demônio, então fiquei sem meu ingresso, com a desculpa de que passariam depois. Pelo menos já estava lá dentro.
Consegui pegar a grade, porém fiquei bem a esquerda do palco.
Músicas bem boas tocavam enquanto esperávamos a entrada da banda de abertura, a Distraught, aqui de Porto Alegre. Inclusive uma segurança cocotinha ficou bem animada quando tocou Burn do Deep Purple. Oh yeah!
A Distraught até que é interessante, porém o som estava muito embolado e sujo, fora o bumbo da bateria que quase me deixou surdo. No mais foi uma boa escolha para a abertura do show.
O Megadeth, ainda bem, não nos deixou esperando muito, e no máximo meia hora depois da Distraught a banda entrava no palco tocando as duas primeiras do novo álbum, Dialetic Chaos e This Day We Fight!
Após Skin o' My Teeth começou o momento mais esperado do show, quando eles tocariam todo o clássico Rust in Peace.
Como era de se esperar o álbum foi executado perfeitamente e depois dele o show continuou com mais sete ótimas músicas.
No geral o show foi muito bom, apesar de certos contratempos como muito gente empurrando e passando mal em um primeiro momento e a acústica meio duvidosa do Pepsi.
Aqui vai o set list:

1-Dialectic Chaos + This Day We Fight!
2-In My Darkest Hour
3-Skin O' My Teeth
4-
R.I.P.
5-Headcrusher
6-The Right to go Insane
7-A Tout Le Monde
8-Symphony of Destruction
Bis:
9-Trust
10-Peace Sells
11-Holy Wars reprise

Até!


Ouvindo nada, pois é capaz de o meu ouvido explodir

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Resenha #1: Above-Mad Season

O Mad Season foi um supergrupo criado em 1994 e era formado pelo guitarrista Mike McCready (Pearl Jam), o vocalista Layne Staley (Alice In Chains), o baterista Barret Martin (Screaming Trees) e o baixista John Baker Saunders. Também houve a participação especial de Mark Lanegan, o vocalista do Screaming Trees, em algumas músicas. Com uma formação dessas era impossível sair algo de ruim e, portanto, em 1995 e com o nome de Mad Season (o primeiro nome da banda foi The Gacy Bunch) eles lançaram o ótimo Above, primeiro e único álbum da banda. Eles faziam um som que misturava blues com rock, muitas vezes criando um clima "viajante". Foi uma coisa bem diferente do que se fazia na época, mas que parece ter agradado.

Above-1995

Primeira música do álbum, Wake Up foi uma escolha diferente do comum para a música de abertura. É uma música lenta e que mostra muito dessa característica "viajante" do grupo. A letra dessa música provavelmente foi escrita por Layne, pois é uma letra depressiva, que é uma constante nas composições dele. Porém, apesar de "triste", a letra parece estar dizendo que é hora de acordar, de dar a volta por cima e sair de uma certa situação desagradável.
Nota 8.
A "menos melhor" desse álbum na minha opinião, apesar de ter uma das melhores introduções, com uma bateria "tribal" bem forte. Acho ela um pouco repetitiva e sem sal, apesar de ter ótimos riffs, o que mostra que ela poderia ser bem mais interessante.
Nota 6,5.
Um dos singles da banda e a música que fez mais sucesso, inclusive tocando nas rádios, River Of Deceit é uma música muito bonita e triste. Ela tem um ótimo instrumental, bem leve e suave, muito bom de se ouvir. A letra fala sobre mentiras e sobre ser enganado e, talvez, se deixar enganar por algum motivo. Novamente uma letra depressiva.
Até onde eu sei é a única música do Mad Season que ganhou clipe.
Nota 8.
Uma das duas músicas que contam com a participação de Mark Lanegan. Uma das melhores músicas "pesadas" do álbum. Tem um pequeno e ótimo solo de violão após o primeiro refrão.
Essa música fala sobre uma pessoa que engana e outra que por um tempo aguentou tudo isso e que talvez por isso esteja "acima". Porém essa pessoa "enganada" quer perdoar a outra. O interessante dessa letra é que o segundo refrão inverte a ordem das frases faladas, dando talvez a idéia de ciclo a qual ele se refere num trecho da música.
Nota 8.
Uma música que mostra bem essa mistura de rock e blues do Mad Season, porém bem mais puxado para o blues. Uma música lenta e "preguiçosa" com alguns momentos mais pesados, mas sem perder o ritmo lento.
Letra certamente escrita por Layne, que inclusive utiliza a frase "on a cloud of pink has turn to grey", muito parecida com "Pink cloud has now turned to gray" que está na letra de Angry Chair, do Alice in Chains. Essa música me lembra um pouco Canceriano Sem Lar do Raul Seixas, que me parece ter o mesmo objetivo, principalmente em relação a letra.
Nota 8.
Uma música bem "grunge", com um riff repetitivo e marcante, é uma das mais pesadas do álbum junto com I Don't Know Anything. Letra um pouco estranha na minha opinião, que fala sobre um relacionamento que é um engano, sobre viver uma mentira que é, na verdade, não viver de verdade, ser um "morto sem vida".
Nota 7.
Assim como Lifeless Dead, essa música também tem uma característica bem "grunge", com um riff marcante e repetitivo. Riff esse que foi inclusive "plagiado" pelo Silverchair, que o usou na música Slave (que é muito boa, diga-se de passagem).
Música um pouco repetitiva.
Letra interessante que fala sobre estar perdido, sem saber pra onde ir, o que ser e o que se é. Enfim, não saber de nada.
Nota 7,5.
Melhor música do álbum na minha opinião. Instrumental perfeito e bem diferenciado, contando inclusive com um solo de saxofone. Nessa música o vocalista Mark Lanegan também canta, contribuindo com sua voz grave e rouca, o que deixa o clima da música muito mais interessante.
Letra meio nostálgica que combina perfeitamente com o restante da música. Alias, nessa canção tudo se encaixa perfeitamente, e é por isso que ela é tão boa. Uma obra prima dos anos 90, sem dúvida.
Nota 10.
9-November Hotel
A única música instrumental do álbum, com um clima bem "viajante". Uma das minhas preferidas. Ela é interessante por que começa lenta e calma e vai evoluindo para uma coisa grandiosa.
Nota 8,5.
Última música do álbum. Me lembra em algumas partes Indifference do Pearl Jam, porém não tão depressiva. Ótima canção para ouvir em momentos calmos.
A letra é bem simples. Na verdade ela é composta de uma única frase praticamente, porém que diz muito: we're all alone (nós estamos completamente sozinhos).
Nota 8.

Somente uma grande banda poderia fazer um trabalho tão significativo em apenas um álbum. O Mad Season provou que isso é possível, mesmo com um som um tanto quanto diferente da época em que eles se formaram. Uma banda que todo e qualquer fã da década de 90 é obrigado a conhecer, principalmente por ter tanta gente importante para o grunge.

Até a próxima.

Ouvindo Pearl Jam-Crazy Mary

Resenhas de álbuns

Tem um certo tempo que eu tive a idéia de postar resenhas de álbuns que eu gosto (ou não) aqui no blog, porém sempre me esquecia. Como ultimamente tenho baixado vários álbuns, principalmente de bandas que eu não conhecia bem ou nada então resolvi pôr a idéia em prática. Vou tentar manter uma periodicidade de pelo menos uma resenha por semana.
O próximo post portanto será a primeira resenha. O álbum escolhido foi o Above, de 1995, primeiro e único álbum do Mad Season, um supergrupo da década de 90.
O meu objetivo com essas resenhas é, além de dar minha opinião, divulgar bandas que eu acho interessante as pessoas conhecerem. Isso é na verdade o que eu sempre procuro fazer aqui, seja com posts ou com os tradicionais "Ouvindo" no final do post, mesmo que meu blog não seja totalmente voltado para a música.
Espero que gostem!
Até mais.

Ouvindo Temple of the Dog-Times of Trouble

sábado, 10 de abril de 2010

Vizinhos animados ou atores pornô?

Lá estava eu, bem belo e sereno na minha cama pronto para dormir quando escuto um barulho de algo que parece um gato miando. Um gato grande. Não estranho, afinal de contas por aqui tem muitos desses bichanos que ficam perambulando pela noite, arranjando brigas e sabe-se lá o que mais. Inclusive uma dessas mora aqui em casa.
Mas enfim. Ignorei.
Logo depois ouço novamente um barulho muito similar ao anterior e percebo que é impossível aquilo ser um gato. Percebi então que meus vizinhos estavam se divertindo. Bastante.
E entre "miados", suspiros e gemidos se ouviam tapas, demonstrando um caráter meio masoquista dos meus queridos vizinhos. Ou talvez alguém estivesse sendo espancado de verdade, vai saber? Dá pra imaginar um monte de coisas.
Putz!
Eu, ainda bem, não faço a mínima idéia de como seja a cara dos supracitados. Imagina dar de cara com eles nos corredores do prédio? Eu iria achar meio esquisito ver eles em uma situação tão comportada... melhor não ficar sabendo mesmo.
E olha que não é a primeira vez! A primeira vez foi pior ainda e foi numa bela tarde de domingo, quando meu vô e vó estavam aqui para um almoço em família. Que chato não?
Bom, com esse post podemos chegar à uma conclusão: eu realmente não tenho nada para fazer, desistindo de dormir para postar no blog. Enfim.
É isso, boa noite galerinha e espero que os vizinhos me deixem dormir dessa vez.


Obs 1: Eu sei que já faz um tempinho, mas dia 05/04 fizeram 16 anos da morte de Kurt Cobain e 8 da morte de Layne Stanley, vocalista e guitarrista do Nirvana e vocalista do Alice in Chains, respectivamente. Portanto, deixo aqui minha pequena homenagem e lembrança.

Obs 2: Me segurando para não falar nada sobre a possível vinda do Pearl Jam para o Brasil, para não alimentar falsas esperanças. Mas vamos pensar positivo!
Agora sim, até mais.


Ouvindo Stray Cats-Bring it Back Again

terça-feira, 6 de abril de 2010

Dor de Siso [2]

Hoje fui na dentista.
O problema de fato era por causa do siso, porém com um nome mais interessante: pericoronarite.
Segundo o wikipédia:
"Pericoronarite é inflamação da gengiva que circunda o dente do siso"
Nojento, não?
Mas quantas pessoas que vocês conhecem que tem uma doença com nome tão legal? Assim até parece que me orgulho disso, mas não se enganem.
Se vocês procurarem no google imagens vão achar diversas fotos sobre o assunto. Nada ao nível de calcanhar de maracujá, é claro.
Pelo menos agora está doendo bem menos e passou a dor de garganta e ouvido, pelo menos parcialmente e, acreditem em mim, isso é muito bom.
Se quiserem saber mais sobre o assunto, esse site pode ajuda-los.
Abraços.

Ouvindo Blind Guardian-Mirror Mirror

sábado, 3 de abril de 2010

Páscoa, Dor de Siso e R.I.P. Tour

Muita agitação nessa semana de páscoa. Experiências novas também. Não sou religioso, mas participo de um coral de uma igreja luterana, então acabo participando de certos eventos dos quais nunca tinha participado. O pessoal está em polvorosa e ontem já nos apresentamos no culto e amanhã terá mais. Infelizmente estamos desfalcados porque algumas pessoas importantes não puderam comparecer. Mas fazer o que...
Também nessa semana de páscoa o que parece ser meu siso começou a nascer. A dor está quase que literalmente me matando, é horrível. Além de uma baita dor de garganta, de ouvido e um pouco de sangramento na gengiva. Mas essa semana vou na dentista pra ver o que é. É, o juízo é doloroso...
Inclusive ia pôr aqui o link para a música Dor de Siso do Pata de Elefante, em homenagem, mas infelizmente não existe nenhum vídeo deles tocando ela. Portanto vou pôr outra deles que também é muito boa. Procurem conhecer melhor essa banda, vale a pena.
Agora sobre o show do Megadeth: anunciaram que vai ser R.I.P. Tour mesmo!
Agora só esperar.
Até mais!

Feliz páscoa!

Ouvindo Alice Cooper-Spark In the Dark