terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Torre Negra

Terminei, finalmente terminei a Torre Negra de Stephen King, uma leitura que tomou alguns meses de minha vida de 2009 até o começo de 2010. Valeu a pena, não apenas pelo fim do livro, mas por toda jornada de Roland e seu ka-tet em direção a Torre (afinal como o próprio King diz: "São as implacáveis pessoas orientadas para objetivos claros e sempre incapazes de perceber que a felicidade está antes na jornada que no destino...").
Se mudou minha vida? Talvez, quem sabe. Se não mudou certamente marcou como sendo um dos melhores livros que já li pela criatividade (e fodicidade de certos personagens, é claro).
Leitura altamente recomendada! Apreciem o ápice da criatividade de um escritor muito bom!
Um livro que é capaz de te prender de um jeito que poucos conseguem, fazendo com que a busca de Roland pela Torre seja também uma busca do leitor.
Vou postar aqui alguns trechos do poema épico "Childe Roland à Torre Negra Chegou", de Robert Browning, que foi uma das maiores (se não a maior) inspiração para Stephen King.


I
Primeiro pensei: ele mentiu a cada sentença
O coxo encanecido, com olhos cheios de malícia
Ávidos por ver nos meus de sua mentira a perícia
E com a boca sem conter a alegria intensa
Que repuxava seus cantos na crença
De que o predador outra vez se sacia.

XI
Mas não! Penúria, feiúra, inércia Em condição estranha está essa parte da terra "Veja, ou feche os olhos", a Natureza berra "Não há escapatória: ela é de todo néscia, Só o fogo do Julgamento Final trará a panacéia, Calcinando o chão e livrando os presos que ele cerra."

XIX
Um súbito córrego atravessava meu caminho Veio tão inesperado quanto uma cobra Sem o lento escorrer que a atmosfera desdobra Poderia ser um banho, com seu burburinho, Para o casco do demônio, a ver seu redemoinho Negro borbulhar com espuma e faísca rubra.

XXXI
E se a própria Torre estivesse no centro? Redonda e atarracada, cega como um coração rasteiro, Feita de pedra marrom, sem igual no mundo inteiro. O elfo, caçoando da tempestade que o ronda, Aponta ao timoneiro o banco que ninguém sonda. Ele aporta, por pouco não rompendo do casco o madeiro.

Quem se interessou pode ler o poema completo aqui.
Até mais.


"Childe Roland à Torre Negra Chegou"

Ouvindo The Cult-Soul Asylum

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